O celular
começou como um “tijolão”. Martin Cooper, o inventor do celular, chefiava a
divisão de telefonia da Motorola. Ele realizou uma ligação histórica, da calçada
de Manhattan, mostrando a invenção aos Estados Unidos.
Depois de 10
anos, o celular foi comercializado, quase 1 kg de ostentação, exibicionismo e
status, ao preço de US$ 4 mil dólares. O celular revolucionou o mundo e continua
a evoluir.
Hoje, é quase
como uma extensão natural do corpo.
A testemunha ocular da história, agora, é
testemunha celular. O celular tem sido usado para flagrar vários crimes, abusos
de pode, etc. Quase nada passa impune, alguém pode estar gravando pelo celular.
O pai do
celular, Martin Cooper, deve estar orgulhoso e, no mínimo, impressionado com o
rumo que a indústria de smartphones tomou, desde a revolucionária contribuição
dele com o “tijolão” (só que não...)
Curiosamente,
além de não estar impressionado, ele criticou os atuais modelos de celulares,
esnobou o iPhone 6S, dizendo:
"simplesmente chato".
Numa
entrevista ao GeekWire, ele disse:
"Eles estão lutando para trazer algo interessante a cada geração.
Ele é um pouco maior, tem mais pixels, mais mega-hertz, mas não há mudanças
essenciais. Acho que o futuro é o
software".
Ele ainda
fez uma crítica geral ao modelo utilizado atualmente pela indústria de
smartphones. Cooper disparou: "Não é uma conquista tecnológica colocar um
monte de coisas em uma caixa. O celular tenta fazer todas as coisas para as
pessoas, mas não faz nenhuma delas de maneira otimizada. Não há muitos serviços
essenciais num smartphone, do tipo que não se pode viver sem”.
As opiniões
do pai do celular são polêmicas, ainda mais num mundo no qual as pessoas não
conseguem mais viver sem o celular, alguns têm até mais de um aparelho. Será que Cooper tornou-se um saudosista retrô
ou um hipster provocador.
Será que
Cooper teve um pesadelo, perseguido e cercado por apps, emojis e emoticons
dançando alucinadamente na frente dele?
No momento,
Martin Cooper está mais impressionado com outra realidade, a virtual. Disse ele
sobre a realidade virtual: "É o nascimento de uma nova indústria”.
Martin Cooper cantaria (inspirado na letra de Cálice, Composição: Chico Buarque / Gilberto Gil):
"Pai, afasta de mim esse celular
Pai, afasta de mim esse celular
Pai, afasta de mim esse celular
De apps, emoticons e emojis"
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