Um elefante feito de televisores de tubo de raios catódicos.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de
2013, a ultrapassada e não mais fabricada Tv de tubo, ainda estava presente em
34,5 milhões de casas. Os televisores de tela fina estavam em 11,1 milhões de casas.
Apesar dos dados serem de 2013, o número de TVs de tubo de raios catódicos é
suficiente para formar uma considerável manada de "telefantes". Como acontece com toda
tecnologia ultrapassada, ela desaparecerá. A transição do sinal analógico para
o digital está em pleno andamento, o plano é desligar o sinal analógico em
2018, para que isso aconteça, a pasta do Ministério das Comunicações espera
que, até lá, 93% das casas já estejam recebendo o sinal digital, quer por
conversores e antena UHF que fazem a TV de tubo receber o sinal digital, quer pela própria
vontade, que é muito normal, de as pessoas terem um aparelho moderno. Para os
7% que não quiserem ter um conversor, nem comprarem uma Tv moderna, bom, parece
que sofreram um dos primeiros “apagões” tecnológicos da história. Quem sabe,
haja um bolsa conversor e antena para sinal digital. O sinal analógico trouxe
muitas alegrias, algumas tristezas também, assim como a Tv de tubo trouxe
diversão e entretenimento, mas era muito angustiante "arrumar" a antena, tanto a
interna quanto a externa, quando se queria assistir a um filme ou programa. O
sinal digital exorcizou de vez os fantasmas que apareciam na imagem e terminou com aqueles "chuviscos" nas imagens, que eram mais chatos que ser pego por garoa sem guarda-chuva num dia frio. Os
modernos televisores não são um elefante branco, pelo contrário, são finíssimos,
enormes e ocupam pouco espaço. A integração das smarts Tvs com a internet,
algumas com menu de navegação, abas prontas para o YouTube e o serviço de
streaming da Netflix, entre outros, como a smart tv da LG (com óculos 3-D),
trazem opções de assistir conteúdo escolhido pelo internauta. Quero deixar
claro que esse post não é um publieditorial, não estou ganhando nenhum centavo
para falar da LG e da Netflix. Estou muito satisfeito com o produto e com o serviço e com a integração de ambos. Poder assistir cursos e vídeos no Youtube e uma
infinidade de filmes e seriados pelo streaming, simplesmente, faz a TV aberta ser chata. É
muito raro eu assistir programação da TV aberta. Creio que a TV aberta acabou,
junto com a paciência do telespectador de tanto programa chato que tinha.
Ninguém vai assumir isso publicamente, mas é claro que a revolução da internet
vem modificando, extinguindo e fazendo nascer novas profissões, a Tv aberta é
só uma das que está sentido essas mudanças. A smart Tv é tão esperta que
entendeu isso rapidamente e se adaptou, ela transformou telespectadores em
internautas, basta acessar o conteúdo da internet nela. Youtubers estão produzindo conteúdo muito interessante, e os tutoriais são uma salvação em momentos cruciais tecnológicos e do dia a dia. A escultura de
elefante, da foto do post, feita com televisores, serve também como ideia de
como lidar com o atual e futuro lixo tecnológico. Não importa onde seja exposta ou na forma de instalação, ela é para se refletir. Não há um cemitério de
elefantes para os televisores de tubos, os televisores de raios catódicos serão
tubos caóticos, agora, ou num futuro próximo, acumulados em algum lugar ou
descartados irresponsavelmente. A cena de um sofá jogado num córrego já foi
vista inúmeras vezes, infelizmente, de televisores também.
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