Mudança Radical Frita

        Quando alguém diz: "você mudou...", essa observação não é positiva, quer dizer que a mudança foi para pior. No caso das batatas, a crua achou a mudança na batata frita muito radical, essa fritura e industrialização deixaram-na esnobe. Ela mudou a forma para batata palito e agora veste uma "roupa" feita de papel cartão extravirgem, a "roupa" embalagem padrão - F2, a mesma usada pelas grandes cadeias de fast-food. Não se pode negar que ela poderia concorrer ao concurso miss batata frita ou desfilar na batata frita fashion week. O que todos nós sabemos bem é que as batatas fritas são exterminadoras de dietas, granadas calóricas sabotadoras, devido a serem ricas em gorduras saturadas, tanto as congeladas pré-fritas, quanto às caseiras fritas em casa e os crocantes salgadinhos industrializados. A gordura trans pode estar presente, só observado o rótulo, podemos ter certeza da ausência dela. Tanto a gordura trans quanto o sódio são usados na conservação das batatas fritas industrializadas. Quando a marca não utiliza a gordura trans, ela costuma destacar esse detalhe, que é muito saudável, na embalagem, como um diferencial saudável do produto alimentício: "Sem Gordura Trans!". Mesmo sem pensar na dieta, elas são prejudiciais à saúde, tanto a gordura trans quanto o sódio em excesso. Essa mudança pela qual passou a batata frita da ilustração, deixou-a com 267 kcal, considerando que ela é uma porção de 100g, enquanto a mesma porção da amiga crua, 100g, tem 64 kcal. Se a amiga crua decidisse passar pela mudança do cozimento, ficaria com 52 kcal para a mesma porção de 100g. Essa ostentação da bata frita é rica em carboidratos, gorduras e sódio, que ela é gostosa, deliciosa, ninguém pode negar. Para aquela expressão: "sua batata está assando...", ficar mais dramática e assustadora, deveria ser: "sua batata está fritando", pois a batata assada ou cozida é uma solução mais saudável para substituir e evitar os perigos da babada frita "bombada" calórica. Nesse ponto, os hot dogs, com o passar do tempo, ficaram menos saudáveis, devido à substituição do purê de batata pela batata palha, e o acréscimo, em alguns carrinhos, do famoso requeijão cremoso, também presente nas bordas de pizzas, mais um famoso caso publicitário de nome de marca que passa a descrever o próprio produto. A batata palha industrializada frita é mais prática para quem vende, sem dúvida, mas menos saudável para quem come. Quem resiste a comê-la ao estilo salgadinho, pegando um pouco com a mão. Deve existir algum vendedor ou vendedora de cachorro-quente que ainda use purê de batata, mas, na maioria dos carrinhos ou quiosques, a batata palha reina absoluta, mesmo se a batata não for inglesa. É claro que de nada adianta assar ou cozinhar a batata, se ela estiver recheada, turbinada, com recheios bombasticamente calóricos. É errado também salpicar batata palha em cima do purê. Todo radicalismo é ruim, nunca mais comer batatas fritas, hot dog ou salgadinhos é muito difícil. O que é ótimo para a saúde é fazer deles uma raridade no consumo. Como aquela pizza semanal, quinzenal ou até mensal, uma aparição especial de um hot dog, aquele salgadinho nostálgico do ensino médio. Para quem não gosta de domingos, uma pizza é capaz de fazer milagres. Comer batata frita, idêntica a essa da ilustração, mas já com a consciência pesada, pensando que isso não vai se repetir tão cedo, e aquelas justificativas do pecado da gula, quanta salada e legumes serão comidos depois, quanto treino será preciso para tirar o "peso", queimar as Kcals das batatas fritas do corpo e da consciência. Momentos de reflexão alimentar.

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