O Ventilador Morcego Que o Batman Aprovaria

        Os ventiladores são muito procurados, quando as temperaturas aumentam, assim como umidificadores de ar, mas estes precisam de água para funcionar, e com o fantasma da falta d'água rondando São Paulo, isso se torna preocupante. Apesar de as chuvas “cenográficas” com raios, trovões, ventos terem derrubado árvores, causando a falta de energia elétrica, deixando as casas de vários paulistanos sem energia elétrica por dias. Embora sejam casos isolados, não ter eletricidade para ligar um ventilador, num calor irritante, é muito ruim, pior é perder os alimentos que estão na geladeira.  A chuva é “cenográfica”, porque ela alaga vários trechos de São Paulo, mas não está enchendo o Sistema Cantareira, pelo menos, nesses 10 dias de 2015. Em alguns pontos, o alagamento é o rio querendo lembrar que onde as pessoas moram, foi um dia um braço desse rio, e as áreas naturais de várzea, noutros pontos, que se encontram habitadas. As pessoas podem esquecer ou não saber, mas a natureza jamais esquece. A falta de habitação está longe de ser solucionada. É preciso também lembrar da impermeabilização do solo, pelo asfalto e construções, e de lixos que entopem os bueiros. Quem observa a chuva ou o chove, mas não molha, tem a impressão que a chuva é para inglês ver, como se diz, mas a nevoa, a fog da Vila de Paranapiacaba, é bem real e pode ser vista tal como a fog londrinaQuem realmente precisa ver a chuva é o Sistema Cantareira, e outros sistemas, e rápido!. A refrescante e vital água e a extrema importância dela tem sido mais lembrada nestes dias. Um ventilador para ajudar a diminuir a sensação térmica de se estar perto de um forno de pizzaria. Vendo a foto do post,  ela tem uma explicação monetária, o ventilador de teto é muito mais caro do que o de mesa.  A solução foi fazer o ventilador de mesa ficar no teto, mesmo não sendo de teto. Parece mesmo um ventilador morcego de cabeça para baixo ou que há algo de estranho com a força da gravidade. Os ventiladores podem ser de  parede, mas é como se esse ventilador tivesse ido além, onde nenhum outro ventilador jamais foi. Existem duas dificuldades, a primeira é escolher ou ajustar a velocidade, a segunda, puxar ou apertar aquele pino que faz o ventiladores ficar oscilando ou parado. Isso só será  possível com ajuda de uma escada. O resultado ficou estranho, porém há momentos que a necessidade vem em primeiro lugar, e a beleza fica em segundo plano.  Fica claro que um ventilador estar preso no teto, não o faz ser um ventilador de teto, mas desempenha a mesma função, ventilar de cima para baixo.  Se fosse feita uma foto sem aparecer  a luminária do teto, e aparecendo mais moveis, ficaria confuso dizer o que realmente está preso no teto, o ventilador ou o resto da mobília, se foto fosse vista de cabeça para baixo. Pode não ter ficado esteticamente bonito, ficou até surreal, esse ventilador não era para estar ali, ficou, porém, funcional, prático e barato. O interessante é como surge o insight, aquele lampejo de inspiração (às vezes de irresponsabilidade, até insanidade) que faz a pessoa enxergar uma possibilidade onde ninguém antes viu ou imaginou. Algo como, se tivesse um ventilador de teto seria ótimo, mas não há grana para comprar. Se um ventilador de mesa, muito mais barato, pudesse ser instalado no teto... A falta de dinheiro pode levar às soluções mais baratas e improvisadas. O problema é quando a segurança  fica em risco, ao fazer uso de algum aparelho que não foi projetado para determinado fim.  A improvisação pode ser uma  faca de dois gumes ou um ventilador de muitas pás.  Ventilador no teto, não de teto. Ventilador que anda com morcego, dorme de cabeça para baixo. Bruce Wayne, playboy, filantropo e bilionário não pensaria duas vezes antes de comprar um ventilador de teto, certamente, o modelo mais caro. Agora,  o Batman acharia mais interessante a improvisação, e a afinidade do ventilador de cabeça para baixo como um morcego, mesmo Bruce Wayne sendo o  alter ego do Batman. É só uma suposição. 

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