A amizade entre amigos e melhores amigos pode ter episódios de total falta de noção.
Na infância e adolescência, isso é mais comum, o que não significa que não
possa acontecer, quando forem adultos. Na tirinha Meme, é bem provável que a
bolacha nem tenha caído no chão, ele vai esperar o amigo acabar de comer para
dizer que caiu. O melhor amigo, justamente, por ser o melhor, faz certas trollagens ou
traquinagens que outra pessoa não faria, ele se protege na imunidade da amizade,
no status de melhor amigo, para poder
aprontar, sabendo que será perdoado (nem sempre) ou, o que certamente
acontecerá, também será trollado pelo melhor amigo. Todos devemos nos lembrar
de nossos melhores amigos, na infância, na escola, na adolescência, na fase
adulta. Depois, pela própria enxurrada dos acontecimentos da vida, mudanças de
cidades, vamos perdendo os vínculos. O mais interessante é que eles continuam sendo
os melhores amigos, eles continuam existindo nas memórias. Quando grandes
amigos se reencontram, sempre é tempo de recordar. O nível de consideração,
fraternidade e irmandade é tão forte que nos os enxergamos como se fossem
irmãos de sangue. Deve ser muito ruim não ter tido um melhor amigo, como
estamos pensando em algo real, melhor amigo imaginário não conta. Ter um
inimigo imaginário deve ser terrível. Os
tipos de amizades são os mais diversos, amizades por interesse, por afinidades
musicais ou esportivas, por estar na mesma turma ou curso. Com os jogos
on-line, games, essa relação de amizade certamente é “virtualizada “. O que
leva a ideia de melhor amigo virtual, amigo de tantas batalhas, que
sobreviveram e morreram em tantas guerras, claro, de videogames. Ao mesmo tempo, a socialização, hoje em dia,
mudou completamente, as pessoas estão
próximas, no mesmo ambiente, no mesmo cômodo, mas cada uma imersa em seu mundo virtual,
interagindo nas redes sociais, usando os dispositivos móveis de última geração
para trabalhar, jogar, socializar, namorar. Somos seres sociais reais e virtuais, transitando e interagindo
entre esses dois “mundos”. Algumas mães e pais já descobriram que é mais
eficiente mandar uma mensagem pelo celular, para chamar os filhos e filhas para
jantarem, mesmo eles estando dentro de casa. O jantar em família, na mesma
mesa, que tinha praticamente acabado por causa da televisão ou migrado para o
sofá, foi substituído pelo jantar em família à mesa ou não, regado a dispositivos
móveis de última geração, onde, nem na hora do almoço e jantar, o celular é
esquecido. Não importa em qual cômodo se almoce e jante, o celular está bem
próximo. Pode nem ser generalizado, mas o celular é dificilmente abandonado,
tornando-se um dispositivo paradoxal móvel e altamente necessário, é o mais descartado (menos de três
anos), mas, ao mesmo tempo, quase ninguém vive sem ele. Trocam-se os celulares, mas ficam os números. É a dependência
tecnológica. Aquela roda de amigos conversando, na frente de casa, está a cada
dia mais rara, isso se tornou algo perigoso, pela violência do dia a dia. A
facilidade de se interagir, hoje em dia, está, por incrível que pareça,
colocando a presença física em segundo plano. Nada desapareceu realmente,
apenas se individualizou, também se socializou virtualmente. A pessoa pode ser chata no mundo real, mas o avatar dela ser legal. Poderíamos pensar em: "primeira impressão digital" Mas não são a mesma pessoa? São e não são. O avatar, como um personagem de um romance, começa a ter vida própria. Um inconsciente coletivo virtual, e a
oportunidade de um indivíduo mergulhar em seu próprio mundo virtual, vindo, de vez
em quando, “respirar” na “realidade”. Assim Navega a Humanidade. Não é saudosismo "pré-internético". Sou fã da tecnologia, da internet, dos computadores. A internet detonou todos os atravessadores, de todas as áreas, dos que se acham detentores do conhecimento ou formadores de opinião, manipuladores das massas. Fez surgir os "desmanchadores" de opinião. Você tem uma ideia original, tem uma visão de mundo, quer ser o catalisador de algo que pode ter repercussão mundial, incomodar quem está sentado no trono da arrogância, segurando um centro reacionário. Tem uma ideia para ajudar a despoluir o oceano, basta deixar o mundo saber, e o mundo quer sempre saber.
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