Assim como existe a sensação térmica, quando os termômetros
marcam 10 graus positivos, mas sentimos na pele que parece estar uns 4 ou 5
graus, essa força que “puxa”os objetos e pessoas para baixo, a força
gravitacional, parece ser muito mais intensa antes de levantar da cama. Os 6
bilhões de pessoas também “puxam” a Terra, é uma interação entre corpos.
Embora a cama esteja atuando com a força de sustentação, força normal, o que
impede as coisas de caírem no chão, a
força de vontade própria para se levantar da cama é muito fraca. Se a
quantidade de matéria presente num corpo, a massa, é a mesma, não importa onde se esteja, medida
em quilogramas força (kg) ou newtons. Quando nos pesamos, numa balança, estamos
medindo a quantidade de matéria de nossos corpos, não o peso, mas dizer que
nossa massa é 70 kg ou 70 newtons, por exemplo, soaria estranho. Se essa
sensação gravitacional é maior, significa que a massa da Terra aumentou, o que resulta no aumento da aceleração da
gravidade, consequentemente, aumentando o peso. Quando multiplicamos massa de
um corpo pela aceleração da gravidade local, o resultado é o peso. Na Lua, satélite natural da Terra, teríamos um peso, em outro planeta diferente da Terra, outro peso. Júpiter é o planeta
do sistema solar onde pesaríamos mais. Como a massa da Terra não aumentou, o
que na verdade se instalou, foi a preguiça de se levantar, também conhecida como
vontade de ficar mais na cama. Antes de eu me levantar da cama, parece que
estou em Júpiter. Isso faria mais
sentido do que explicar que a massa da Terra, misteriosamente, ficou maior, aumentado a atração gravitacional.
Pensando melhor, Júpiter é constituído de gases, embora se acredite que o
núcleo possa ser denso, sem contar o cinturão magnético fatal, existente a
milhares de quilômetros acima da superfície.
É um péssimo lugar para se imaginar estar, muito menos, acordar lá. Muitos podem ter a
sensação pior do que o aumento da aceleração da gravidade, para alguns, acordar e levantar todo dia da cama é parecido com um parto, principalmente, se o horário de
acordar força o relógio biológico. Essa tentativa para se levantar da cama,
transforma-se numa rebeldia do corpo, o cérebro dá a ordem, mas o corpo está confortável
ali, resiste. Nesses momentos, pode até aparecer um pensamento existencial, o
cérebro tentando entender por que o corpo quer ficar deitado, uma distração profunda, só para ficar mais
algum tempo deitado, que é logo interrompido por aquela necessidade
fisiológica, que também pode acontecer,
quando se está deitado, tentando dormir, mais percebida no frio, por ser mais
chato levantar, uma vez que se está coberto e confortável. Depois de vencer a
questão da sensação gravitacional, ainda existe o bom e mau humor ao acordar, nem
todos acordam de bom humor, às vezes, a pessoa precisa de um tempo, para voltar
ao “normal”. Se uma pessoa acorda de mau humor e não dá bom dia, ela pode estar
sendo silenciosamente sincera, mas muitos podem pensar que ela é mal educada. Quando elas podem, evitam essa interação social
ao acordar, nem sempre é possível. Se for numa viagem, onde cada um dormiu no próprio quarto, mas o
café é tomado num lugar comum, de repente, você pode ver uma pessoa que parece
alegre e bem disposta, apresentar uma fisionomia de lobisomem. Noites mal
dormidas, por diversas razões, deixam a pessoas irritadas durante o dia, fora a
sensação de zumbi, deixa no piloto automático.
O dia dela não começou bem, mas vai melhorar. Só de acordar vivo, já seria motivo para se
estar feliz, claro, acordar morto é bem complicado, acordar morto e de bom
humor seria mais incompreensível ainda. É uma questão de respeitar o “tempo” da
pessoa, que ela se normalizará, se não
se normalizar, pode ser outras causas. Eu já vi pessoas que são bem engraçadas,
piadistas dizerem que acordam de mau humor, aliás, é um mito achar que só
porque alguém é humorista, escreve sobre humor, a pessoa é feliz todo dia.
Ninguém é continuamente feliz, experimentamos momentos de felicidade, quando comparamos um momento triste com outro,
vem aquela afirmação bem clichê: “Éramos felizes, mas não sabíamos”. Pode ser
também uma percepção relativa.
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