Há alguns anos, uma pesquisa apontava que 48% das
pessoas estavam infelizes com seus trabalhos, empregos e ocupação. O percentual
de mulheres insatisfeitas era maior do que o dos homens, 59% de insatisfeitas,
e 41% de insatisfeitos. São Paulo liderava a porcentagem de insatisfeitos 86%; depois, Rio de Janeiro 4%; Distrito
Federal e Paraná empatados com 2%; Minas com 1%. Os outros estados juntos
somaram 5% de insatisfação. Se administração é um dos cursos mais procurados,
pela versatilidade, com 1/6 dos matriculados cursando administração, também é a
área cuja pesquisa detectou o maior número de insatisfeitos, 17%; em seguida,
vem a área financeira, 9%; recursos humanos, 8%. Ainda, segundo a pesquisa, os
menos insatisfeitos concentram-se nas áreas de varejo e consultoria, cada uma
das áreas com 4% de insatisfeitos. A pesquisa continua recheada de dados, mas o
que se pode concluir é que quase a metade não está nada feliz com o trabalho.
Por vezes, não é fácil abandonar uma carreira de décadas e começar uma nova
carreira, praticamente, do zero. Outra pesquisa apontava para a grande
porcentagem de pessoas que diziam que se pudessem, teriam escolhido outra área
ou se matriculado noutro curso. Claro, há quem esteja muito feliz com a
escolha, carreira, profissão, trabalho, ocupação e faria tudo novamente, se
tivesse que escolher outra vez. Há quem tenha desistido de trabalhar na bolsa
de valores de São Paulo e ido morar numa comunidade alternativa no Planalto
Central. Quando o grau de insatisfação alcança um patamar insustentável, essas
mudanças radicais, de 180° graus, acontecem. É tão radical quanto o risco
envolvido, sem uma reserva em dinheiro, algum recurso, até se ambientar e
sobreviver, um bom plano B, tudo pode dar errado, isso explica alguns casos de
pessoas que já foram bem de vida, mas terminaram como moradores de rua.
Desestruturação familiar, separação, drogas, alcoolismo são outras explicações
possíveis. Voltando as profissões, quem poderia imaginar que, hoje, pessoas
ganham dinheiro jogando videogames por equipes com patrocinadores e salários.
Desenvolvedores de jogos felizes, sem contar os moleques que ganham muito
dinheiro criando apps (aplicativos). A internet faz surgir profissões novas, ao
mesmo tempo, as modifica ou pode as extinguir, em seguida, fazendo outras
surgirem, mesmo as profissões tradicionais exigem conhecimentos de softwares,
dispositivos móveis de última geração e da internet. Quanto ao tipo de roupa,
existem excelentes sites que dão dicas de como se vestir para uma entrevista de
emprego, uma das dicas é se informar com alguém que trabalha na empresa ou
visitar o site institucional para se ter uma ideia do perfil da empresa. Um
fenômeno que está sendo alavancado pela falta de mobilidade é o teletrabalho,
mais conhecido como “home office”, escritório remoto. Pouco importa a roupa que
a pessoa está usando, ela está na casa dela, o que contará é a produtividade.
Muitas empresas perceberam que o tempo gasto no deslocamento até o trabalho
poderia ser investido na produtividade, o prejuízo com a falta de mobilidade, e
a queima de combustível fóssil, sem se deslocar, é absurdo, sem contar a
puluição. Para se trabalhar em casa, no home office, é preciso ter uma
disciplina, e não perder o foco, não importa se a pessoa está de pijama, o que
importa é o desempenho e produtividade na função, com a vantagem de ficar livre
de fofocas de escritório e daquela pessoa insuportável que você é obrigado e
ver todo dia na empresa. Não só as empresas privadas estão prestando atenção ao
Home Office, o setor público, que também é vítima da falta de mobilidade das
grandes cidades, começa a acenar na mesma direção, porque produtividade e
felicidade do empregado são boas tanto para o setor privado quanto para o
público. Foi-se o tempo das empresas paternalistas, o que continua forte é o
desejo dos assalariados de abrir o próprio negócio. Se o emprego que você quer
for um escritório em casa, um home office, a roupa será a mais casual possível.
Claro, se for necessário uma interação via chamada de áudio e vídeo pelo Skype,
ninguém vai querer aparecer de pijama ou com um boné com hélice na cabeça, a não ser que seja o Sérgio Mallandro.
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