Geralmente, as pessoas têm um pouco de dificuldade de
perceber as figuras ambíguas, principalmente, quando duas formas ou figuras
podem ser representadas na mesma ilustração, essas do post são um pouco diferentes na
visualização, claro, você poderá ver dois animais na mesma figura, mas só observando-as
de cabeça para baixo. Sim, você pode tentar ver o detalhe de cabeça para baixo
na outra figura. Essas estão mais fáceis, a mesma figura de animal colocada de cabeça para baixo,
forma a figura de outro animal. O artista que as criou, inteligentemente, explorou
bem as orelhas que viraram patas na versão de cabeça para baixo, e a tromba que
virou cabeça, assim como pontos chaves na identificação de um animal, que, de
cabeça para baixo, tornam-se importantes na identificação do outro. Ele também
fez sutis adaptações anatômicas nas formas e partes dos animais, para que o truque funcionasse
perfeitamente. O focinho da cabra que é
a cabeça da foca, a tromba do elefante que vira a cabeça do peru ou outra ave
semelhante, e, por último, a girafa que
vira pinguim, dois animais tão diferentes no tamanho e que habitam em climas
totalmente diferentes. Outro fato que ajudou bastante, foi não fazer os olhos sobressaídos ou salientes,
embora de muita importância em todos os
desenhos, nesses do post, devido a ilusão de ótica ou desenho ambíguo, nesse
caso, os olhos deviam passar desapercebidos, pois seriam, impressionantemente,
disfarçados ou camuflados no corpo do outro animal, caso contrário, mesmo de
cabeça para baixo, os olhos apareceriam no outro desenho, tirando a magia do
efeito que o artista queria demonstrar e conseguiu genialmente. Os olhos da
cabra não aparecem no corpo da foca, bem, estão lá, mas, convenientemente,
camuflados. Outro fato que contribui, foi as ilustrações terem sido feitas em
silhuetas, favorecendo o todo das
formas, mais do que as partes, ao mesmo tempo, o tom do fundo unifica o
conjunto. Se os olhos fossem representados em branco, o efeito não teria sido
conseguido tão eficientemente. Embora saibamos que as proporções entre cabeça e
corpo desses animais, quando comparados, sejam tão diferentes, isso nem parece
nos incomodar. É tão convincente que a diferença de proporção virou licença
poética ou o ilustrador os desenhou de perto e de longe, mas... é o mesmo
desenho!. Embora essas figuras ambíguas sejam diferentes daqueles que estamos
mais acostumados, como o pato que é coelho (ou vice-versa) e princesa que
também é bruxa, a ambiguidade ou ilusão de ótica continua, a cabra contém a
foca, e a foca está contida na cabra ou vice-versa, o mesmo vale para o peru e
a girafa. Elas são as duas ao mesmo tempo, e uma ou outra conforme se veja numa
posição e de cabeça para baixo. Em nível subliminar, ou seja, antes do limiar
da consciência, essa informação deve estar sendo passada para nosso
subconsciente, mesmo que não as vejamos de cabeça para baixo. Sem contar que a
mente humana acha harmoniosa a simetria, o espelhamento de formas.
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