Dizem que em algum lugar do mundo existe alguém que é nosso sósia, ou seja, traços fisionômicos e
aspecto físico muito semelhantes, pode até ser, mas algo que é exclusivamente
nosso, mesmo em gêmeos idênticos, é a digital. Nossa impressão digital, dermatoglifo,
datilograma, é única. Uma exclusividade
para cada indivíduo, entre mais de 7 bilhões de pessoas que vivem em nosso
planeta. Embora a chance de haver duas impressões digitais idênticas seja
remotíssima, mesmo que houvesse, ainda restaria a nossa personalidade e
percepção do mundo que são únicas em cada indivíduo. Um bom Thriller Policial
tem sempre a cena da papiloscopia, a ciência que estuda as impressões digitais.
A identificação biométrica já é uma realidade, em catracas eletrônicas, cartões
de ponto, embora fraudes tenham acontecido, ao estilo de missão
impossível, onde alguns médicos e donos
de autoescola usaram o “dedo” de silicone para fraudar o sistema. O outro tipo
de identificação que parece à prova de fraudes é a biometria da íris, que a parte
colorida dos olhos, o padrão das estrias, ranhuras, hachuras ou “risquinhos” é
único em cada indivíduo. Eu creio que, no futuro, os governos poderiam fornecer
um miniscanner, onde as pessoas poderiam ser identificadas com plena certeza,
pela íris, podendo votar de casa, nas eleições,
por exemplo, ou realizar qualquer outro procedimento documental que
exija a identificação. Os aposentados e pensionistas não precisariam ir até as
agências do INSS para provar que estão vivos,
para poder continuar a receber o benefício. Existe a videoconferência
via webcam, sim é verdade, mas existem softwares que enviam imagens gravadas,
como sendo ao vivo, programas para modular a voz, inclusive, até alterando o
gênero de masculino para feminino e vice-versa.
A imagem da webcam é muito suscetível ao fake. O atendente poderia fazer
perguntas de segurança ou pedir para a pessoa responder a uma pergunta, numa folha de papel, e exibir
a resposta na webcam, mas a ideia é desburocratizar. Enquanto não chegam as
maravilhas da biometria através da íris, as pessoas tentam personalizar ainda
mais a impressão digital, tal como a pessoa da
foto fez, ficou um mistura de selfie (se for ele mesmo que estiver
tirando), thumb (polegar), poderia se dizer: Thumbnail (unha do polegar), mas
no sentido tecnológico, de ser uma miniatura da imagem. Um Mini-Me Polegar,
lembrando do filme do vilão do Austin Powers. Essa impressão caricatural
“polegardiana”, esse polegar estilizado, personalizado, ressalta que o estilo
também serve para individualizar, particularizar, mesmo que apenas no dedão ou
polegar, até uma impressão digital, que já é única, pode ser ainda mais
pessoal. Dependendo do tipo de conversa
que ele ouça, ele poderia dizer: “Fale com meu dedão, depois ele me conta” ;
“Fale com meu “Adedovogado”. Universalmente,
o gesto com o polegar para cima é bom sinal, felicitação, muito bem!,
parabéns, um cumprimento ao longe ou
perto: “E aí?!. Tudo bem?. O polegar
voltado para baixo é desaprovação, para nós, contemporâneos, o sentido é claro,
porém a certeza de quais gestos das mãos eram utilizados pelo público e pelos
Imperadores romanos, e o real
significado deles é um grande mistério, com certeza, o cinema ajudou muito a
perpetuar esse sinal de desaprovação romano, que nos filmes de gladiadores
significava a morte, com o polegar para baixo. Independente do sentido original
que tenha tido em Roma, o polegar para cima e o para baixo têm significados
antagônicos na nossa sociedade, ambos podem ser potencializados ou extremados,
bastando fazê-los com ambos os polegares. Espetáculo bestial esse dos escravos
que eram forçados a lutar até a morte, os gladiadores. Infelizmente, em pleno
XXI, atrocidades cometidas em campos de futebol, nas arquibancadas, acontecem.
Pessoas que vão assistir a um espetáculo, acabam se vendo no meio de um Coliseu
futebolístico onde, na arquibancada, torcedores viram gladiadores, onde os
imperadores são a violência e a covardia.
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