Nem só de capa, superpoderes, armaduras e trajes de alta
tecnologia, nomes estrangeiros são feitos os #heróis. Esse é Dashrath Manjhi,
ele não é o #Super-Homem, apesar de ter Man no sobrenome, Manjhi, ele é sim, um
Super Ser Humano, sua pequena marreta não se compara ao martelo de #Thor, mas
ele foi muito mais grandioso que o Thor. Com sua pequena marreta, ele abriu
caminho através de uma #montanha, num árduo e solitário trabalho, dia e
noite, por 22 anos, para garantir que
mais ninguém morresse por falta de atendimento, tal como, infelizmente, morreu
a esposa dele. Ele reduziu uma distância de 70 km para somente 1 km. Não existe
um título mais adequado que esse: Nunca subestime o poder de uma única pessoa. Eu
me fiz alguma pergunta, enquanto pensava sobre o feito
homérico de Dashrath: Com mais #trabalhadores, esses 22 anos seriam reduzidos
drasticamente, parece que a iniciativa de Dashrath não foi contagiante ou
aldeia é constituída por poucas pessoas do sexo masculino. Teria sido muito fácil dinamitar a
montanha ou usar retroescavadeiras, usar todo o conhecimento e equipamento de
engenharia para para abrir caminho através da montanha, mas parece que as
administrações, de todas as esferas, não fizeram nada sobre isso. Se o #governo não faz nada, as pessoas ao redor
não se mobilizam, um único homem pode fazer a diferença, foi o que ficou
provado. A foto mostra pessoas cruzando o caminho que Dashrath levou 22 anos
para abrir, à unha, ele não quer saber se essas pessoas ajudaram, aliás, ele
sabe que elas não o ajudaram, ele não vai impedi-las de atravessar. Esses 22 anos
que ele trabalhou, dia e noite, arduamente, não trariam a esposa dele de volta, ele sabia disso, nesses 22 anos, outras pessoas morreram, pela demora de serem socorridas, mas
ele continuou seu trabalho solitário, ninguém fazia nada, mas ele continuou
fazendo a diferença. Ele sabia que, um dia, as pessoas não mais morreriam, não
por demora no atendimento. Talvez, muitos o acharam louco, um homem com uma
pequena marreta. Será que ele consegue?.
As pessoa sentiram vergonha de ajudar o “louco”. “Dê-me um ponto de
apoio e uma alavanca que moverei o mundo”, disse #Arquimedes. Dê uma pequena
marreta a Dashrath e ele atravessará uma montanha, não por eles, mas pelos
outros. Para aqueles que o viram como um louco e não o ajudaram, fica o legado
de Dashrath, não só para a aldeia dele, mas para todo o #mundo. Para os políticos e administradores, fica a vergonha da inércia, da indiferença. A #fé remove montanhas, a fé e determinação
abriram caminho através de uma montanha. Se Maomé não vai até a montanha...
Dashrath não só foi até a montanha, mas abriu um caminho no meio dela. Alguns
trilham um caminho, escolhem um caminho, perdem-se pelo caminho. Dashrath abriu
um caminho com as próprias mãos, para as pessoas do presente, e as futuras
gerações. Ele fez uma obra gigantesca, sem gastar dinheiro público, mas que
levou 22 anos da vida dele, salva e salvará vidas até o final dos tempos. Dashrath
não construiu o maior jazigo do mundo, utilizando mão de obra escrava, como as
pirâmides. Sim, as #pirâmides são incríveis, grandiosas, mas quantas vidas elas
salvaram?. Dashrath fez uma obra
faraônica, no sentido da grandiosidade, sem gastar dinheiro público e sem utilizar mão de obra escrava, ele "desconstruiu" uma montanha para isso, sozinho. Ele é uma pessoa pobre, simples, sofrida,
uma única pessoa que fez a diferença, ele acreditou quando ninguém mais quis
acreditar, quis ajudar, fez sozinho a obrigação que
não era dele. Ele não quer uma estátua
dele, ele não quer pedágio nem quer que o caminho ou estrada seja batizado com o nome dele. A maior
satisfação dele é saber que está salvando vidas, a distância que era de 70
km, agora é de 1 km, as pessoas podem ir a pé, como mostra a foto. Somos condicionados a pensar que apenas uma
pessoa não pode fazer muito: uma andorinha só, não faz verão; a união faz a
força. Eu acredito que esse exemplo serve para repensarmos as nossas vidas,
alguns aspectos, pelo menos. Quando pensar que é muito trabalho consertar a calçada da frente da casa, lembre-se de Dashrath. Ele tinha tudo para não fazer nada, afinal, a #esposa dele morreu por demora no atendimento, 70km até o hospital mais perto.
Um atendimento rápido é a diferença entre a vida e a morte, os médicos e o
resgate sabem bem disso. É impressionante como algumas #tragédias pessoas
conseguem se transformar em atitudes de determinação, #solidariedade e #exemplos de #vida. Se as autoridades tivessem aberto esse caminho por dentro da montanha,
antes, a mulher de Dashrath poderia estar viva. # Nelson Mandela, que morreu
recentemente, foi outro exemplo. Eu só lamento existirem tão poucos Dashraths e
Mandelas no mundo. Tenho certeza que, se
fossem calculados os 22 anos de trabalho de Dashrath, e o custo da obra, e fosse
dado a ele a soma em dinheiro, ele doaria para o hospital. Assim como o #Brasil,
a #Índia é um país rico culturalmente, continental, mas repleto de contrastes,
com um fator agravante, a superpopulação. A classificação de países subdesenvolvidos,
ou de terceiro mundo, caiu em desuso, o
termo países em desenvolvimento soa melhor, tira o complexo de primo
pobre, apesar dos #avanços, ainda há muito a fazer. Quem fez essa estrada, perguntarão. Foi Dashrath, com as próprias mãos, sozinho, sem dinheiro, sem ajuda, sem roubar um centavo.
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