A #bicicleta congelada no tempo, ou melhor, cimentada no
tempo e espaço. Se isso não for uma instalação artística, a pessoa passando de bicicleta
no cimento fresco, as rodas afundando, a imobilização da bicicleta, e o
ciclista, ao melhor estilo dos desenhos animado, saiu caminhando até o fim da
calçada, ao invés de sair por um dos lados. Saiu pisando duro no cimento
fresco. Talvez, pudesse ser um atalho,
para pedestres, as #calçadas são dos pedestres, pelo menos deveriam ser. Nas ruas, as bicicletas travam lutam desigual
com os veículos. Existem trechos exclusivos destinados
unicamente para as #bikes, as #ciclovias. Há as ciclofaixas, nas quais a separação é feia por faixas pintadas
no chão, e existe ainda a ciclorrota, o melhor caminho recomendado para que os
ciclistas cheguem ao destino, mas ainda
faltam muitos quilômetros, muita sinalização e muitos caminhos
recomendados. Vendo uma reportagem das pessoas que trocaram o carro ou
transporte público pela bike, as vantagens são inúmeras, tanto para a saúde
como para o bolso, além da mobilidade, porém, a luta por espaço no trânsito
pareceu-me um pouco estressante, com os ônibus passando perto dos #ciclistas.
Talvez, quando o trânsito de #São Paulo parar de vez, as bikes se tornem muito
viáveis, pois o emplacamento de carros parece não ter fim, e novas ruas e
avenidas não estão sendo “criadas”. Quem sabe o #Governo Federal possa instituir
uma “bolsa bike”, assim como os governos estaduais e municipais possam dar algum
incentivo para as pedaladas, alugar a bike por um preço bom, enfim, facilitar a aquisição dela. Existem alguns #bicicletários na cidade, em parques.. Não sei se existe um monumento ao
ciclista desconhecido, mas, com certeza, o dono dessa bicicleta não voltou para pegá-la de volta. Quem deve ter ficado muito "feliz" foi o #pedreiro, alguns apelidos, símbolos, até uma pegada e uns desenhos no cimento fresco, ele podia esperar, mas essa cena surreal. Quem contratou a obra não contava com esse bônus artístico surreal. A senhora ao fundo não parece muito impressionada, já deve ter visto a cena centenas de vezes, a estátua acidental. Falando em cimento e
meios de locomoção, todos devem se lembrar do caso da #Saveiro, em #Belo
Horizonte, cimentada na calçada, não foi acidente, foi o resultado de uma briga
de vizinhos por dois metros de calçada, a discussão não terminou de forma #civilizada, mas sim em #construção civil à força, curiosos vieram tirar fotos, afinal,
não é todo dia que um carro cimentado na calçada pode ser visto, a inusitada cena
foi #fotografada para a posteridade, por um tempo, virou uma instalação
artística a céu aberto, se fosse colocada num museu, faria muito #crítico de
arte coçar o queixo e admirar a genialidade da obra, a mesma poderia representar a lentidão das estradas e
a superfrota de veículos que não para de crescer; a calçada é do pedestre, etc. Apesar de a Saveiro já ter
sido libertada da “prisão” de cimento, a #disputa #judicial continua.
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