Sem Destino: Versão Pinóquio.

        Motocicleta de madeira, pelo menos parte dela, deve ter sido o presente de aniversário de 18 anos do #Pinóquio dado por seu criador, o marceneiro Gepeto. Agora, Pinóquio pode cruzar o Sul dos Estados Unidos ou da Itália, numa versão cara de pau do filme:  #Easy Rider (Sem Destino), ao som do Steppenwolf:  “Born to be wild”. Eu ia dizer que o Pinóquio podia sentir a brisa no rosto, mas, se ele ainda for um boneco de madeira, isso não vai fazer muita diferença. Do ponto de vista da segurança, a moto de madeira é altamente combustível, a combinação lenha e combustível, mesmo em duas rodas, continua muito inflamável. Com certeza, uma das primeiras motos que não é pintada, mas sim envernizada. A expressão: “minha moto está com cupim” faria todo sentido. É uma moto meio rústica, é verdade, como não sabemos se a madeira é de replantio, não podemos dizer que seja uma moto ecológica ou ecologicamente correta. Se tivesse sido feita com restos de madeira de um imóvel ou fábrica demolida, teria sido uma boa ideia que pouparia as florestas. Quanto a algum acidente de moto ou tombo na estrada, não é raro a moto cair por cima do motociclista, no caso da moto de madeira, equivaleria a dizer que a pessoa tomaria uma séria de pauladas, fora o tombo em si. A moto de madeira fica muito sujeita a vandalismos e sabotagens, um serrote pode fazer um terrível estrago nela. A madeira é isolante térmico, nesse caso, ela leva uma vantagem sobre a moto de metal. A moto orgânica, meio orgânica, não se pode afirmar que ela seria o sonho de consumo dos engenheiros e engenheiras florestais, mas, com certeza, a moto de madeira é curiosa. Mesmo num lugar apropriado, um estacionamento vazio, dar um cavalo de pau na moto de pau seria perigoso, ela não parece ser apropriada nem projetada para acrobacias em duas rodas. Se formos investigar a história da motocicleta, veremos que ela originou-se da bicicleta, e as primeiras bicicletas eram feitas de madeira. O que é estranho para nós, hoje, foi algo normal, antigamente.  Historicamente, a moto nasceu quando um motor de combustão interna foi introduzido numa bicicleta de madeira, aqueles que realizaram esse façanha foram o alemão Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, 1885, por algum motivo, que é complicado demais para tentar explicar num post , eles não se tornaram Daimler & Maybach Motors, parece que a dúvida de onde colocar o motor da moto, e a opção de colocá-lo nos três lugares possíveis, certamente, além de ineficiente, contraproducente, foi um atraso nos negócios. Anos depois, em 1894, a Hildebrand & Wolfmüller, na Alemanha, é considerada a primeira fábrica de motos. Em  1903, começa a surgir uma lenda, os dois sobrenomes mais famosos sobre duas rodas: #Harley-Davidson, que dispensa apresentações, um ícone da cultura norte-americana e sonho de consumo de milhares de pessoas pelo mundo. Há também as impressionantes e tecnológicas marcas japonesas. Se o Gepeto fundasse uma fábrica de motos  chamada Gepeto-Pinóquio Motors não faria sucesso, quem sabe uma linha de miniaturas da moto, fizesse algum sucesso. Eu posso afirmar, baseado na letra da Banda Os Paralamas do Sucesso, sucesso nos anos 80, e até hoje, que essa moto não é o sonho de metal do Vital. No caso da moto de madeira, a documentação seria estranha, modelos: eucalipto; pinho; maçaranduba; cedro.

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