Os pictogramas são eficientes meios de comunicação e
sinalização. Seja numa placa na estrada ou
em qualquer lugar, onde há um pictograma dos talheres: garfo e faca,
quer dizer que há um restaurante ou algum tipo de refeição é servida, mesmo que
a comida seja lanche. Essa é a função
mais emergencial e prática, quando alguém está na estrada, precisa dar uma parada para
almoçar, encontra-se num passeio, evento, etc.
Há também o lado mais refinado, sofisticado e gastronômico que diz
respeito à disposição dos talhares na mesa, como manuseá-los, e, depois, a
disposição dos mesmos sobre o prato. #Talheres principais, talheres de
sobremesa. Muito raramente, precisaremos nos preocupar com isso, caso um dia
precisemos, faremos um estudo típico de véspera de vestibular, para não sermos
reprovados na etiqueta à mesa. Eu achei
essa ilustração, em forma de pictogramas, muito curiosa, principalmente,
por tentar transmitir uma mensagem em
linguagem não-verbal, ao estilo daquele famosíssimo livro: O Corpo Fala. Parece
que a faca e o garfo têm algo a dizer: Os Talheres Falam. Seria o “garfonês” e
o “faconês”. Será que, depois de centenas de anos de contato com as bocas
humanas, eles aprenderam nosso idioma. Depois de ouvir tantas e tantas
conversas, confidências, almoços de negócios, almoços românticos os talheres
aprenderam a se comunicar. O garfo levaria uma pequena vantagem, afinal, tem
dentes, poderia sorrir depois de dizer algo, a faca, porém, seria mais afiada
na oratória. A ilustração, em forma de pictogramas, é bem interessante e tem um
certo traço de ironia, pelo que se ensina na etiqueta, apenas duas delas podem
ser consideradas como um sinal real: a PAUSA e o TERMINEI. O motivo é, segundo
a etiqueta diz, os talheres não devem ser cruzados depois de terminada a
refeição ou durante a refeição. Como a ilustração era internacional, na língua inglesa, e há tantos
restaurantes pelo mundo, não seria nada extraordinário se em algum lugar, não
tão sofisticado assim, eu diria até meio informal, esse sistema de mensagens
fosse utilizado, mas o NÃO GOSTEI seria meio improvável, de qualquer forma. O
EXCELENTE, como não está cruzado, levantou certa dúvida. Se alguém soubesse,
efetivamente, tendo trabalhado em #restaurantes pelo mundo afora, seria
interessante deixar um comentário. O fato concreto, que eu pude levantar é que
garçons profissionais estão bem cientes do PAUSA e TERMINEI. Nada impediria que esse sistema
fosse implementado em algum restaurante, os professores de etiqueta odiariam o PRONTO PARA O SEGUNDO PRATO e o NÃO GOSTEI, mas os donos de restaurante estariam mais preocupados no número
de PRONTO PARA O SEGUNDO PRATO; EXCELENTE; NÃO GOSTEI. O feedback do NÃO GOSTEI serviria para
melhorar os pratos ou, infelizmente, demitir os cozinheiros ou chefe de
cozinha. Os garçons atentos não precisariam ser chamados, ao verem o PRONTO PARA O SEGUNDO PRATO, o processo
seria agilizado. O dono do restaurante cruzaria os dedos para ter um grande
número de talheres cruzados, nesse caso, quanto menos etiqueta, mais lucro. Se
existisse uma #rede social voltada a gastronomia, com certeza essa rede já
existe, mesmo que não a tão sofisticada, três desses pictogramas poderiam ser
usados com sucesso: PRONTO PARA O SEGUNDO PRATO; EXCELENTE; NÃO GOSTEI. Além da métrica em
tempo real, dentro do restaurante, haveria uma métrica na internet, para
internautas pesquisarem a reputação do restaurante. Poderia até haver um
meio-termo, um pequeno painel na mesa com os pictogramas, sensíveis ao toque,
onde a etiqueta seria mantida, e o feedback seria obtido, sem os talheres serem
posicionados, apenas pressionando os símbolos. Podemos imaginar o dono de restaurante reclamando do número de
talheres engalfinhados, se bombasse esse sistema, poderia haver os fóruns e
discussões de como diminuir o número de talheres engalfinhados. Segundo é possível concluir, engalfinhar ou enroscas os talheres seria um grande insulto ao anfitrião.
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