Esta foi uma das intervenções urbanas mais drásticas que eu já vi,
realmente, ficou bem interessante e muito artística, arte na rua, ou melhor, na calçada, se ela for realmente de
verdade, mesmo que fosse uma montagem perfeita do Photoshop já mereceria
reconhecimento pela criatividade. Esta parte que puxamos o zíper, chamada
cursor, a parte metálica enorme em primeiro plano parece bem surreal, nesse
caso, chama a atenção, no zíper comum, os outros componentes metálicos são os
dentes, embora, existam dentes de plástico também, como não aparecem nem o
terminal superior, nem o inferior, (embora superior e inferior, no chão, sem gola, não tenha sentido) os arremates que indicam o começo e o fim do
trecho que o cursor percorre abrindo ou fechando, não se pode precisar se o
zíper está sendo aberto ou fechado, e claro, o objetivo foi esse mesmo, não
saber se vem sendo fechado ou está sendo aberto. O trecho que o piso foi
retirado tornou-se perigoso, principalmente, se alguém se aventurar a andar sdentro dele.
A calçada zíper irá confundir as pessoas que sofrem de TOC, TRANSTORNO
OBSESSIVO-COMPULSIVO, porque além de não poderem pisar nas linhas, na parte que
há o piso, ainda terão que lidar com um
elemento diferente dentro do ritual, o trecho sem o piso, e se resolverem que
têm de ir caminhando por dentro da parte sem o piso ou pisar com um pé na parte
com piso e outro na parte sem piso, será uma dificuldade a mais, e, claro, que
xingarão muito quem concebeu a calçada zíper. É quase uma certeza que as
meninas vão usar o trecho para pular amarelinha, se é que a atual geração
conhece essa brincadeira de rua ou pular com dois pés, depois na seguinte com
um pé, sem jogar a pedrinha mesmo, só pelo desafio, o que vai aumentar muito os
riscos de acidentes, e, principalmente, de ficar sem os dentes. O que se pode
ter certeza, pelo limo entre os pisos, é que eles foram retirados depois da
algum tempo, não deixados faltando durante a construção, também,u a quantidade
deles, ao lado do trecho, mostra que foram sendo retirados e colocados ali. É o
tipo de intervenção artística que se pode interagir, só se espera que a
interação não aconteça em forma de tombo. Quando chover, o cuidado deve ser redobrado, triplicado.
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