Calçada Zíper


       Esta foi uma das intervenções  urbanas mais drásticas que eu já vi, realmente, ficou bem interessante e muito artística, arte na rua, ou melhor, na calçada, se ela for realmente de verdade, mesmo que fosse uma montagem perfeita do Photoshop já mereceria reconhecimento pela criatividade. Esta parte que puxamos o zíper, chamada cursor, a parte metálica enorme em primeiro plano parece bem surreal, nesse caso, chama a atenção, no zíper comum, os outros componentes metálicos são os dentes, embora, existam dentes de plástico também, como não aparecem nem o terminal superior, nem o inferior, (embora superior e inferior, no chão, sem gola, não tenha sentido) os arremates que indicam o começo e o fim do trecho que o cursor percorre abrindo ou fechando, não se pode precisar se o zíper está sendo aberto ou fechado, e claro, o objetivo foi esse mesmo, não saber se vem sendo fechado ou está sendo aberto. O trecho que o piso foi retirado tornou-se perigoso, principalmente, se alguém se aventurar a andar  sdentro dele.  A calçada zíper irá confundir as pessoas que sofrem de TOC, TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO, porque além de não poderem pisar nas linhas, na parte que há o piso,  ainda terão que lidar com um elemento diferente dentro do ritual, o trecho sem o piso, e se resolverem que têm de ir caminhando por dentro da parte sem o piso ou pisar com um pé na parte com piso e outro na parte sem piso, será uma dificuldade a mais, e, claro, que xingarão muito quem concebeu a calçada zíper. É quase uma certeza que as meninas vão usar o trecho para pular amarelinha, se é que a atual geração conhece essa brincadeira de rua ou pular com dois pés, depois na seguinte com um pé, sem jogar a pedrinha mesmo, só pelo desafio, o que vai aumentar muito os riscos de acidentes, e, principalmente, de ficar sem os dentes. O que se pode ter certeza, pelo limo entre os pisos, é que eles foram retirados depois da algum tempo, não deixados faltando durante a construção, também,u a quantidade deles, ao lado do trecho, mostra que foram sendo retirados e colocados ali. É o tipo de intervenção artística que se pode interagir, só se espera que a interação não aconteça em forma de tombo. Quando chover, o cuidado deve ser redobrado, triplicado.

Comentários

Ever disse…
Caraca como foi que você garimpou essa imagem?? Muito boa!
Marcelo Painter disse…
Olá Ever!, obrigado por visitar o site e comentar. Por vezes, gasta-se muito tempo procurando uma imagem interessante que valha a pena postar, quando se acha uma interessante a gente fica empolgado que nem lembra onde a conseguiu. Você usou o termo exato: garimpar, é uma constante procura, árdua, e para cada uma imagem, dezenas de outras são descartadas. Boa Sorte, Tudo de Bom!
Adorei essa idéia já pensou um zíper desse na Paulista,que loucura seria
Marcelo Painter disse…
É verdade Fátima, e também viraria ponto de referência. Os repórteres dizendo: "Estamos próximo ao Zíper da Paulista, onde manifestantes..."