Estou certo que a melhor definição é, parafraseando a música
dos Ramones: “Sheena Is A Punk Rocker”; é: Sheena
is a Pink Punk Rocker. Não tem como
falar de Punk Rock sem falar de: Sex Pistols, com as pungentes músicas: “Anarchy
In The U.K”; "God save the Queen". Não posso deixar de citar outra banda
britânica de Punk Rock: The Clash, com o contagiante: “Should I Stay Or Should
I Go”. Embora o The Clash tenha enveredado por outros estilos também. Sinceramente
quem é o pai do Punk Rock não importa muito, importa que ele nasceu. Embora o
teste de “DNA” aponte a paternidade mais para os Ramones, os Sex Pistols são
responsáveis pelos “modos”, a revolta
anarquista punk, o comportamento, atitude, e a clara revolta, ser contra o
sistema, o choque musical e visual. Os dois expoentes do Punk Rock, um
Britânico e o outro Americano, essa disputa vem de tempos antigos e em vários
estilos musicais. Estados Unidos e Inglaterra sempre foram aliados, desde a
Primeira Guerra Mundial, mas, nos idos dos anos 60, do século passado, houve a chamada: Invasão
Britânica do Rock'n'Roll na terra do Tio Sam. Os Beatles e os Rolling Stones
chegaram chegando na América. O que fez surgir a expressão:” bandas surgidas
para fazer frente à invasão britânica do Rock’n’Roll”. Nessa chamada Guerra não
declarada do Rock, ninguém, morreu e todos ganharam, principalmente, os fãs de
Rock’n’Roll. Dizem que Paul McCartney teria ficado impressionado quando ouviu a
musica: “Good Vibrations”, dos The Beach Boys. Embora a disputa entre o Rock
Britânico e o Americano fosse muito saudável, os Estados Unidos combatiam numa guerra real, esta sim, com corpos de jovens voltando dentro de sacos plásticos,
era a guerra do Vietnã, contra os comunistas do Vietnã do Norte, os
Vietcongues, estes apoiados pela ex-União Soviética, esse conflito foi um dos
vários desdobramentos da chamada Guerra Fria. Nessa época o Rock’n’Roll mostrou que não era
só um estilo musical, mas, um uma forma de protesto, rebeldes com uma causa, contra a guerra, várias bandas fizeram músicas de protesto contra a guerra do Vietnã: Buffalo
Springfield com a: “For What It's Worth”; Creedence Clearwater Revival com a: “Fortunate
Son”. Voltando ao tema do post, há uma
grande discussão entre cultura punk, movimento punk, movimento musical e cultural. Bom, esta discussão eu deixo para os punks dos fóruns. Eu gosto de algumas músicas dos Ramones, algumas das músicas dos Sex Pistos, a minha música preferido do The Clash, tirando a citada no início do post é, também: "London Calling", porém, gosto, primordialmente de rock clássico, o que não exclui algumas bandas dos anos 70, 80 e contemporâneas. Não existe uma cartilha punk a seguir (talvez até haja), falar que é só música tocada em três
acordes abordando temáticas sociais, sexuais, irônicas e caústicas, em linguagem, por vezes, despudorada, rápida,
com um visual agressivo, algumas vezes, atitudes destrutivas, não seria
suficiente para definir o Punk Rock. Depois de tantos e tantos anos, o corte de
cabelo Punk, com suas pontas lancinantes, ainda impressiona, mesmo na
feminilidade da cor pink, mantém o estilo agressivo, e, ao mesmo tempo,
exuberante. Passado tanto tempo, o cabelo em forma de escultura ainda chama a
atenção, nesse caso, também pela cor. Os contemporâneos do Punk, hoje pais e
até avôs, podem não se impressionar com o estilo do cabelo porque eles mesmos usaram,
mas, com certeza, irão se impressionar com outras tribos urbanas que estão
surgindo ou surgirão.
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