VESTIBULAR, ESTUDAR É PRECISO, A BALADA PODE ESPERAR


    Os livros e artigos sobre a intenção do artista na execução de uma pintura são vários. O que se passa na cabeça de um pintor quando ele está na frente do cavalete? Ele teria uma intenção, deixaria na tela pistas além da imagem em si mesma, para o espectador desvendar? O insight, a inspiração surgiriam durante a execução? Ele preconcebe a obra em sua mente, depois materializa-a utilizando os pigmentos, ou softwares? Particularmente concordo com a teoria do livro: Desenhando com o lado direito do cérebro. Quando desenhamos, ou pintamos, usamos o hemisfério direito. Equivale a dizer que estamos numa espécie de concentração, meditação, ou um estado alterado de consciência diferente daquele que estamos em cerca de 97% do tempo que estamos em vigília. O lado esquerdo, obviamente não quer perder o controle, por disso é difícil falar e desenhar ao mesmo tempo. Bom, mas antes que você pense que estou aqui para falar seriamente e especular, meu objetivo é bem mais lúdico. Vou analisar a respeito do que estariam pensando ou falando os personagens das pinturas. Certamente um árduo trabalho, em alguns casos farei uma adaptação para nossa época e costumes. Noutros, farei uma transcrição, fiel, ou pelo menos quase, daquela época, como não sou historiador, e sim pintor, não tenho compromisso com a exatidão histórica, farei uso exacerbado da licença poética. Sobre a obra de Machado de Assis, Dom Casmurro, alguns ainda acham que Capitu traiu Bentinho. Machado de Assis deveria ter deixado um documento secreto, revelando se Bentinho foi traído por Capitu.

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